quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

História do Batom

O batom percorreu uma longa e rica trajectória. Os tons sofreram mudanças, mas a fina camada de cor nunca abandonou os lábios femininos.

Toda mulher se sente muito mais sedutora e poderosa quando está a usar batom.
Realmente, ele dá um toque a mais na mulher. Mas nem sempre foi tão simples colorir os lábios. Justamente por ser considerado desde sempre, na história da humanidade, como um instrumento de poder, sedução e manipulação, ele foi muito perseguido, em algumas culturas, onde quem usava era até reprimida pelas leis.

O costume de colorir os lábios tem raízes no Antigo Egipto. A rainha egípcia Nefertiti, exposta no Museu de Berlim, prova que lábios femininos eram pintados pelas Esposas dos Faraós. Estas adornavam-se com um intuito de ficarem mais belas, recorrendo sempre ao tom vermelho,  considerado sexualmente apelativo.
Cleópatra, a faraó mais famosa do Egipto, utilizava besouros de carmim esmagados para maquilhar os seus lábios com um tom vermelho vibrante.

Na Grécia Antiga, uma lei impedia que as mulheres usassem batom antes do casamento, uma vez que poderia ser consideradas menos puras. 

Por volta de  No século VI, também em Espanha, só usavam batom mulheres das classes menos nobres, ou seja nem Burguesas nem plebeias. 
Alguns séculos mais tarde, pintar a boca era um hábito considerado de mulheres mal intencionadas. Em 1770, o parlamento inglês proibiu o uso de pigmento nos lábios porque achava que era artifício para seduzir e manipular os homens, considerando até um acto de bruxaria. 

Foi só no século XIX que o batom tornou-se popular. Em 1921, Rhocopis, um perfumista francês, inventou o "baton serviteur", uma massa que consistia num talco, óleo de amêndoas, essências de bergamota e limão, de cor vermelha, era vendido numa embalagem de papel de seda.

Há quem diga que o seu formato em bastão foi baseado na sexualidade feminina, nos mundos modernos foi baseado em forma do membro masculino para aumentar a sexualidade feminina e estimular as vendas com o formato inovador dando mais prazer em fazer uso do mesmo toda vez que pressiona o bastão para fora tocando-o em seus lábios.

A verdade é que o tubinho era, nas páginas da revista Vogue, tema de uma elegante publicidade dirigida a todas as mulheres “de classe”. O produto conquistou actrizes e prostitutas do mundo inteiro.

Porém foi só durante a Primeira Guerra Mundial que as donas de casa perderam o preconceito e aderiram à moda do batom vermelho, graças à industria do cinema, em que a maquilhagem passou a ser uma rotina comum da mulher. "Bàton serviteur" em francês é nada menos que bastão servidor. Um cilindro que serve para embelezar os lábios.  

A fórmula sólida do batom teve início na década de 1930. Mesmo assim, a receita básica não sofreu radicais mudanças. Ela é até hoje uma dispersão de cores em uma base gordurosa, permitindo a fácil aplicação de uma camada uniforme.

Actualmente, o batom é um indispensável suplemento e está na boca de praticamente todas as mulheres. Com as novas técnicas, o batom não apenas dá cor, mas também protege a pele delicada dos lábios contra o frio, o vento e o sol.





Sabia que.... 


  • Durante a Idade de Ouro islâmica, o médico árabe-andaluz e químico Abu al-Qasim al-Zahrawi (Abulcasis) inventou batons sólidos, que consistiam em perfume e outros ingredientes pressionados em moldes. Ele descreveu o processo no seu texto, na sua enciclopédia de medicina e cirurgia, o Al-Tasrif. 


  • Max Factor, make-up artist de celebridades, inventou o brilho de lábios em 1930.
 

  • Em 1950, o cientista Americano Hazel Bishop desenvolveu o primeiro Batom de longa duração (e sem manchar) do mundo. 



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